MARCAS
PROFUNDAS
Um período negro, marcado por atos de
censura, violência, repressão e supressão dos direitos civis e políticos, onde
visões ideológicas foram consideradas nocivas e perigosas à estabilidade do
Estado, assim poder-se-ia definir os anos de 1964-1985, em que vigorou o regime
militar. Deve-se ressaltar que após um golpe de estado, os militares assumiram
o poder e estabeleceram um governo ditatorial, reprimindo, aprisionando e
torturando aqueles que se opunham à nova ordem político-social.
Embora no âmbito da educação, os
militares tenham se empenhado na modernização do ensino superior em nome de um
projeto de desenvolvimento do país. O regime focou ainda no ensino fundamental,
ampliando para oito anos sua obrigatoriedade. Houve uma reforma ampla do
sistema de ensino, no entanto, tal
reforma não foi plenamente satisfatória, pois a liberdade de expressão, deu
lugar à arbitrariedade de um governo que calou com a força e a opressão a voz
que ecoava nos porões das prisões da ditatura.
A classe média tinha a oportunidade de educar seus filhos,
ao mesmo tempo que via os movimentos estudantis sendo massacrados pelas forças
de repressão do regime e ainda sentia na pele, as marcas de uma liberdade
vigiada. A população oprimida e manipulada por uma falsa estabilidade política,
social e econômica, onde números e estatísticas eram alterados em favor do
regime, ficava à margem e seguia às cegas os rumos que o governo militar
tomava.
Por último, faz-se necessário
salientar a enorme lacuna deixada pelos muitos desaparecidos que pagaram com a
própria vida, a busca por liberdade e democracia. O sangue que manchou esse
período triste, deixou marcas indeléveis no povo brasileiro.
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