quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A ANÁLISE DE ERROS: TEORIA E PRÁTICA.
By Eldam de Sousa Barros.
       Tipificar os erros dos aprendizes na aquisição de uma segunda língua é fundamental para que se possa avaliar o nível de aprendizagem e a forma como o processo de ensino está se dando no universo da sala de aula. Para o professor, analisar de forma crítica e reflexiva a natureza destes erros é essencial para melhorar o desenvolvimento do aluno e refletir de forma positiva no seu desempenho. Vale ressaltar, que as teorias relacionadas ao processo de aquisição de uma segunda língua são capazes de classificar as “falhas” apresentadas pelos aprendizes, mas cabe ao professor encontrar formas de corrigir estas “falhas”. Mas uma pergunta está implícita no âmago da questão: Por que a opção pelo termo “falhas” ao invés de erros?
      Embora ambas sejam sinônimas, ninguém comete erros de forma deliberada, pois os mesmos decorrem da tentativa que os aprendizes empreendem na tentativa de acertar. Por isso, o sentido das falhas seja mais adequado à questão. No entanto, as teorias que preconizam este estudo, batem na tecla dos erros e na tentativa de traçar um raio X e sistematizar o processo de aquisição de uma língua estrangeira.
No escopo da teoria behaviorista a análise de erros na aprendizagem de uma segunda língua L2, consiste na tentativa de superar as diferenças entre os sistemas linguísticos de L1 e L2, comparando-se, a priori, estes dois sistemas, através de uma atividade, que é Análise Contrastiva, onde é possível fazer uma previsão dos itens linguísticos que representam maior dificuldade e os erros que os indivíduos cometem no processo de aprendizagem. Sob esta ótica, se os hábitos de L1 são favoráveis à aquisição da L2, há uma “transferência positiva”. Mas quando isto não ocorre, temos um exemplo de “transferência negativa” ou “interferência”.
     Já a teoria da interlíngua, se estrutura dentro de um sistema linguístico em separado, onde o aprendiz se apoia em cinco processos cognitivos: transferência da língua materna, erro induzido, estratégias de aprendizagem de L2, estratégias comunicativas de L2 e generalização das regras da língua-alvo. Através da análise de erros na produção oral e escrita dos aprendizes, conclui-se, que a interlíngua reflete padrões sistemáticos de erros e de estratégias comunicativas, sendo muitos desses erros desenvolvimentistas, desaparecendo, se o indivíduo receber um input suficiente e apropriado.
      Em tese, há uma grande diferença entre a teoria e a prática, mas no caso da aquisição de uma L2, elas são até similares, pois a teoria tenta traçar um roteiro dos erros e dos elementos que ocasionam tais erros, e a prática mostra
que a solução para corrigi-los é eficiente e eficaz, quando o professor possui uma atitude crítica em relação a análise dessas “falhas” que refletem o nível de aprendizado dos indivíduos.

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