quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

ANALYSIS THROUGH MARXIST CRITICISM.
By Eldam de Sousa Barros.
            No filme Titanic, de James Cameron, o romance entre a bela e rica Rose, representante da Aristocracia inglesa e o pobretão Jack, flui de forma linear, mas não sem alguns solavancos que tornam este amor tão cativante. De fato, o romance entre os dois seria impossível no meio aristocrático. Ele só realiza plenamente, porque os personagens encontram-se confinados num transatlântico em alto mar. Rose pertence à primeira classe e Jack à terceira classe. Eles representam mundos distantes entre si e o abismo que se interpõe entre eles reflete a imensidão do oceano atlântico.
             Embora rica, e talvez por isso, Rose mostra-se entediada, triste  e melancólica. Já Jack, que só consegue embarcar no transatlântico por conseguir ganhar as passagens num partida de pôquer, mostra-se alegre e espirituoso. Jack e Rose são, enfim, os pontos que unem dois mundos tão diferentes entre si. O amor que nasce entre eles, é a prova de que Deus existe, e também, que Ele tem ironia.
             Um aspecto bastante relevante é o próprio navio Titanic, considerado indestrutível, ele é o símbolo da nobreza e da aristocracia inglesa, mas que ao colidir com um iceberg, naufraga,  naquilo que se tornaria o maior naufrágio de um navio de passageiros da história. A tragédia é fruto da arrogância humana, onde a diferença de classes sociais é imposta como algo natural.
              O romance entre os personagens Jack e Rose se perde no tempo e na tragédia, mas permanece vivo no coração dela, nas lembranças e reminiscências que ela carrega em si, pois assim como a morte e a loucura, o amor também não faz estas distinções de classe social,  tão arraigadas na sociedade humana capitalista. 


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