TRABALHO SOBRE A
SOCIOLOGIA CLÁSSICA DE DURKHEIM
Respostas do
Questionário
Questão 01. _ Seu trabalho é uma reflexão e um reconhecimento
de uma “consciência coletiva”. Mas o que vem a ser consciência coletiva? É o
conjunto de valores, sentimentos, crenças e tradições de uma sociedade,
preservado e legitimado no decorrer de várias gerações. É a moral de
determinada sociedade, em que predomina a solidariedade mecânica, conforme
Durkheim. A consciência coletiva exerce sobre os indivíduos uma coerção
reforçando hábitos, costumes e representações coletivas. A isso “tudo” ele
chamou de “Fatos Sociais”, e disse que
esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.
Questão 02. _ São as formas de pensamentos que a
sociedade elabora para expressar sua realidade. Tais formas são incorporadas e
interiorizadas pelos indivíduos através das normas e regras que formam a
estrutura social. As representações coletivas resultam da combinação e
associação de ideias e experiências de múltiplas gerações que cooperam para sua
formação. A experiência dos indivíduos as reelabora.
Questão 03. _ Durkheim acreditava que a
sociedade seria mais beneficiada pelo
processo educativo. Para ele “a educação é uma socialização da jovem geração
pela geração adulta”. E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a
escola esteja inserida. A construção do ser social, feita em boa parte pela
educação, é uma assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios,
sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento, que balizam a conduta do
indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto
dela (DURKHEIM).
Questão 04. _ Enquanto a sociedade mecânica se
referia ao vínculo moral entre indivíduo e sociedade, a solidariedade orgânica,
dizia respeito a uma relação puramente econômica e funcional dentro da divisão
de trabalho. Na solidariedade mecânica, a força da integração moral da
“consciência coletiva”, prendia o indivíduo ao grupo social. Já na
solidariedade orgânica, eram os laços morais com os outros grupos sociais,
através da “especialização” ocupacional do trabalho que mantinham o indivíduo
inserido no meio social.
Questão
05. _ O método da análise social de Durkheim é
considerado positivista. O positivismo propõe transpor os métodos das ciências
naturais como critérios para a existência de uma sociedade de caráter moral. O
método sociológico de Durkheim, seguindo essa premissa, pode ser considerado
conservador. Daí o fato desse teórico ter sido
considerado também um autor conservador, pois ele concebe os fatos sociais como
coisas, apreensíveis graças ao distanciamento e a busca da neutralidade do
O ser
humano é um bicho social, e como tal, precisa aprender a viver em sociedade.
Nesse processo de socialização, o princípio de humanização, traduz-se numa
adequação corpórea às exigências do meio social onde vive. Sabe-se que o homem,
como ser racional, é, em sua essência, um animal biológico, portanto, não pode
ignorar o uso da máquina biológica, pois, sua sobrevivência não depende apenas
da sua inteligência e saber cultural ou mesmo do meio social do qual faz parte.
Ele, o ser humano, possui funções vitais, tais
como: a alimentação, a respiração, o sono, a atividade sexual, etc. É claro,
que estas funções vitais, embora inerentes à toda a humanidade, varia na forma
como cada indivíduo procura satisfazê-las, dependendo do sistema cultural ao
qual o indivíduo venha a pertencer.
Sendo que tantas variações, dentro de um número tão pequeno de funções,
faz com que o homem seja considerado um ser predominantemente cultural.
Outro
ponto a se destacar, é que o homem, ao longo do processo de sua socialização,
que vai desde o nascimento, passando por infância, vida adulta e velhice,
participa de vários “ritos de passagem”, que o tornam apto a viver em
sociedade. Dessa forma, as gerações “maduras”, passam às gerações “imaturas”,
um sem número de normas, regras, dogmas e orientações de como o indivíduo deve
se portar no seio da sociedade. Muitas destas orientações, dá-se, por meio da educação.
Vale
lembrar, que para Durkheim, por exemplo, educar é socializar. E nesse contexto,
o ser humano é, por via de regra,
ritualista. Sua vida social se guia por muitos rituais, que incutem na
consciência coletiva o saber cultural, e por extensão, o gérmen do processo da
socialização.
Só que a sociedade, dita
ritualista, e que nega esse tipo de estereótipo, vive sob o signo do
materialismo. Sob essa ótica, a sociedade contemporânea, torna-se refém de si
própria, o que se traduz no culto a entidades, pessoas, objetos e ainda à
beleza, ao poder, ao dinheiro.
MARCAS DA SOCIALIZAÇÃO
Ao
longo do seu processo evolutivo, o ser humano acumulou uma base cultural, fruto
dos muitos estágios da interação com o meio e a natureza. Esse processo
resultou de uma série de acontecimentos traumáticos, no que diz respeito à
formação cultural do indivíduo e como consequência, deixou marcas profundas nas
sociedades humanas.
Tais
marcas, são o que poderia ser definido como “marcas da socialização”, que
levaram o homem a se diferenciar dos outros animais e trilhar caminhos que
contribuíram em muito para enriquecer sua trajetória evolutiva. A imensa
capacidade de interagir com o meio social e se organizar em grupos sociais
coesos, embora complexos, faz do ser humano um ser social e por extensão,
dependente do sistema cultural ao qual pertence.
Deve-se destacar os muitos
aspectos que marcaram a transição “do homem de um estado de natureza para um
estado de cultura” (LÉVI-STRAUSS). Aspectos estes, que determinam os muitos
estágios de sua humanização e eventual socialização. Deles, o mais marcante
talvez seja a apropriação da linguagem, tendo em vista, que esta verdadeira
“instituição”, elevou o ser humano a um novo patamar na escala da evolução. O
uso da linguagem, traduzida inicialmente pela fala e depois reforçada pelo uso
da escrita, passando pelas pinturas ruprestes, que são marcas indeléveis da
busca do homem de melhor interagir com o meio social. Tal recurso, o da
linguagem, conduziu a raça humana a um grau elevado de interrelação e
organização social.
Há ainda outros aspectos interessantes no processo de
socialização do bicho homem, como por exemplo, o ato de alimentar e uso da
toillet, comuns às sociedades humanas, embora algumas delas se diferenciem na
forma como lidam com estes aspectos. Isto sem falar, da capacidade de
transmitir conhecimento de uma geração para outra, garantindo assim sua
perpetuação no curso da história e eventual avanço no processo de sociazação.
Deve-se ressaltar, que tal processo não se mostra estático nem imutável, mas
sim dinâmico, pois sofre modificações entre os muitos grupos sociais. O que
diferencia as diversas sociedades humanas, e torna a evolução um processo
ondulatório. Algumas sociedades atingiram um certo nível de organização e
bem-estar social, enquanto outras ainda se encontram mergulhadas no caos ou
ocultas sob o véu de regimes fechados, sem falar naquelas que patinam e atolam
na lama da corrupção.
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