ANALYSIS THROUGH MARXIST CRITICISM.
By Eldam de Sousa Barros.
No
filme Titanic, de James Cameron, o romance entre a bela e rica Rose,
representante da Aristocracia inglesa e o pobretão Jack,
flui de forma linear, mas não sem alguns solavancos que tornam este amor tão
cativante. De fato, o romance entre os dois seria impossível no meio
aristocrático. Ele só realiza plenamente, porque os personagens encontram-se
confinados num transatlântico em alto mar. Rose pertence à primeira classe e
Jack à terceira classe. Eles representam mundos distantes entre si e o abismo
que se interpõe entre eles reflete a imensidão do oceano atlântico.
Embora rica, e talvez por isso, Rose mostra-se
entediada, triste e melancólica. Já
Jack, que só consegue embarcar no transatlântico por conseguir ganhar as
passagens num partida de pôquer, mostra-se alegre e espirituoso. Jack e Rose
são, enfim, os pontos que unem dois mundos tão diferentes entre si. O amor que
nasce entre eles, é a prova de que Deus existe, e também, que Ele tem ironia.
Um aspecto bastante relevante é o
próprio navio Titanic, considerado indestrutível, ele é o símbolo da nobreza e
da aristocracia inglesa, mas que ao colidir com um iceberg, naufraga, naquilo que se tornaria o maior naufrágio de
um navio de passageiros da história. A tragédia é fruto da arrogância humana,
onde a diferença de classes sociais é imposta como algo natural.
O romance entre os personagens
Jack e Rose se perde no tempo e na tragédia, mas permanece vivo no coração
dela, nas lembranças e reminiscências que ela carrega em si, pois assim como a
morte e a loucura, o amor também não faz estas distinções de classe social, tão arraigadas na sociedade humana
capitalista.